Segurança alimentar - precisamos falar disto!
- karinaalfenas

- 23 de jul.
- 3 min de leitura
Quem já provou meu polvo grelhado sabe: ele é macio, saboroso e elegante. Mas o que pouca gente sabe é que, antes de qualquer tempero, azeite ou flor comestível, esse polvo passa por um ritual rigoroso de segurança alimentar. E não é só o polvo! Hoje vou usá-lo como exemplo, mas segurança alimentar se aplica a todooooo alimento!
E sim, isso faz TODA a diferença. Aqui na minha cozinha, a segurança não é um detalhe técnico — é o primeiro ingrediente.
🍽️ Cozinhar com segurança: charme invisível e obrigatório
Você pode até pensar que segurança alimentar é papo chato de manual da ANVISA, mas eu te prometo: é puro charme invisível.
Sabe aquela textura perfeita? Aquele sabor limpo, sem sabores “duvidosos”? Aquela sensação de leveza depois da refeição? Tudo isso vem de uma cozinha segura, limpa, respeitosa com a microbiologia.
🧪 O que é segurança alimentar, afinal?
É garantir que o alimento chegue à sua mesa livre de perigos invisíveis, como Salmonella, Escherichia coli, Staphylococcus aureus e outros nomes que parecem personagens de ficção científica, mas que são bem reais — e indesejados no seu prato.
No Brasil, essa segurança é regida por legislações como a RDC nº 12/2001, que define os padrões microbiológicos por grupo de alimento, e a RDC nº 275/2002, que trata das boas práticas de fabricação. E quando falamos de pescados, os critérios são ainda mais rigorosos.
🐙 Polvo com pós-graduação em segurança
Quer ver isso na prática? Te conto como faço com meu polvo, estrela de várias receitas aqui no blog:
✋ Primeiro: eu nunca deixo a peixaria limpar meu polvo.
“Mas por quê, Karina?” — Porque não quero contaminação cruzada!!!
A bancada da peixaria pode ter manipulado camarões crus, peixes impróprios, sei lá! O risco de transferir microrganismos para o meu polvo é real. Prefiro limpar eu mesma, com calma e controle.
🔥 Depois: cozinho no sous-vide.
Essa técnica maravilhosa me permite manter o polvo numa temperatura segura e constante por horas, sem perda de textura. Mas atenção: terminou o cozimento? É hora da parte mais crítica…
❄️ Banho de gelo ninja!
Assim que o polvo sai do sous-vide, ele está quente, lá pelos 76 °C. Se eu deixar esfriar devagar, ele passa muito tempo na tal “zona de perigo” (60 °C a 10 °C), onde as bactérias se multiplicam como loucas. Não dá!
Por isso, ele vai imediatamente para um banho de gelo — e eu troco o gelo à medida que derrete. Só paro quando o polvo está abaixo dos 10 °C. Aí sim, pode ir para a geladeira ou freezer. Seguríssimo. Bonito. E pronto para brilhar.
🧼 A checklist afetiva da Karina
Na minha cozinha:
✔️ Cada tipo de alimento tem sua tábua e sua faca
✔️ Mãos sempre lavadas entre etapas
✔️ Termômetro digital é rei (e mora dentro da geladeira)
✔️ Identificação do produto com data são lei
✔️ Nunca recongelo nada cru
✔️ O freezer tem temperatura monitorada: -18 °C
✔️ A geladeira mantém 4 °C com orgulho e precisão
💡 Dica da chef obcecada por controle térmico
Se você ainda não tem um termômetro culinário, compre um. Hoje. Ele vai mudar sua cozinha e salvar seus pratos (literalmente).
🍋 Segurança é o novo luxo
Sabe aquele prato que impressiona no visual, explode no paladar e deixa aquela sensação de “quero mais”? Ele não existe sem segurança alimentar.
Aqui no Aventuras da K, cada polvo, cada prato nasce de uma coreografia silenciosa entre sabor e ciência. Porque cozinhar bem não é só temperar certo — é respeitar o alimento, o corpo e a vida.
Bon appétit, com segurança e com charme! 💋



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